lAGO nasser

navegando e visitando

Um cruzeiro de navio pelo Lago Nasser no Egito é inquestionavelmente uma experiência fantástica! O pacote turístico da CVC incluía um cruzeiro de 3 noites no navio Omar El Khayam que durante a viagem parou próximo a vários templos às margens do Lago Nasser. Nas paradas, um pequeno barco levava os turistas do navio até as margens do lago para as visitas aos templos.

TEMPLOS ESCONDIDOS

...monumentos realocados

Visitar templos egípcios durante um cruzeiro pelo lago Nasser é uma experiência inesquecível, pois a área abriga vários templos antigos realocados após a construção da represa de Assuan. Durante a década de 1960, vários templos e monumentos tiveram que ser realocados para serem salvos da inundação do lago Nasser resultante da construção da represa de Aswan.

Nosso navio parou em três locais com templos egípcios: Qasr Ibrim, Amada e Wadi El Seboua. Somente em Qasr Ibrim, que ficava em uma pequena ilha, não descemos para visitar o templo de perto. Durante as três noites e três dias do cruzeiro no lago Nasser, desfrutamos da excelente infraestrutura do navio Omar El Khayam e das maravilhosas vistas do pôr-do-sol no lago Nasser. Outro destaque do cruzeiro foi a comida e o serviço de bordo, que eram absolutamente excelentes e nos surpreenderam positivamente!

Qash ibrim

...vista da ilha

Qasr Ibrim é um pequeno sítio arqueológico núbio localizado em uma ilha no lago Nasser, no Egito. O local era um importante centro econômico, político e religioso e tem uma longa história de ocupação desde o século 8 aC. Estava originalmente empoleirado em um penhasco acima do rio Nilo, mas a inundação do lago Nasser após a construção da barragem de Aswan. transformou Qasr Ibrim em uma pequena ilha. Qasr Ibrim é o único sítio arqueológico importante na parte baixa da Núbia que permaneceu em seu local original sem realocação devido a inundação decorrente da construção da barragem de Assuan. Não são permitidas visitas turísticas ao sítio arqueológico e, por isso, acabamos apenas observando as ruínas do convés do navio.

wadi el seboua

templo no lago Nasser

Nós amanhecemos com nosso navio ancorado às margens do lago Nasser, perto de Wadi El Seboua. No local foram realocados três templos do Novo Reino: o próprio templo Wadi El Seboua, o templo Dakka e o templo Maharraka.

Templo Wadi El Seboua

O local do Templo Wadi El Seboua é na verdade composto de dois templos individuais, que valem a pena visitar. Um dos destaques é o famoso Vale dos Leões, uma avenida com várias esfinges que liga a entrada à parte mais antiga do templo. O mais antigo dos dois templos foi construído por Amenhotep III e depois restaurado por Ramsés II. Consiste em um santuário e um portal feito de blocos de granito na entrada. Possui um pátio tradicional e um salão com alguns baixos relevos e pinturas parciais que permanecem até hoje.

Acredita-se que o templo tenha sido dedicado a uma variação núbia do deus egípcio Horus, mas isso é difícil de provar por causa dos danos sofridos durante o reinado de Akhenaton, conhecido como rei herege por sua insistência em adorar um único deus, Amon.

Durante a restauração posterior do templo feita por Ramsés II, o templo foi ampliado e vários elementos foram adicionados, incluindo a avenida com uma linha de esfinges que levavam ao templo. Infelizmente, quando o local caiu em mãos cristãs, uma parte significativa do edifício foi danificada.

O Templo de Amon é o segundo templo no local e é maior que o primeiro. Foi construído por Ramsés II em homenagem ao vice-rei de Núbia, com muitas estátuas e inscrições. Era uma estrutura muito impressionante na época e historicamente também servia de residência para o vice-rei.

Templo de Dakka

Acredita-se que o Templo Dakka tenha mais de 2.000 anos e os historiadores acreditam que ele foi originalmente construído para Thoth. Ao longo dos anos, foi lentamente expandido e, eventualmente, usado como uma fortaleza romana. Por esse motivo, a interferência arquitetônica forneceu um exemplo maravilhoso da arquitetura greco-romana no templo egípcio.

Este templo é popular porque tem seu grande portal intacto, formando a imponente entrada do templo. O Portal não está fisicamente conectado ao restante da estrutura porque as paredes circundantes desapareceram, mas é fácil ver o contorno geral da estrutura. Todo o edifício é orientado de norte a sul em alinhamento com o Nilo, que também é um diferencial deste templo.

Os registros também indicam que durante os anos do domínio romano, o templo foi convertido em fortaleza e cercado por um muro que tinha sua entrada principal nas margens do Nilo. Na realocação do templo não foi incluído o muro.

Templo de Maharraqua

O templo de Maharraqua fica muito perto do templo de Dakka e também teve que ser realocado na década de 1960 durante a construção da barragem de Assuan e a consequente inundação do lago Nasser. As datas precisas associadas à construção deste templo e seu propósito não são conhecidas. Segundo os historiadores, o templo é uma estrutura romana e a construção provavelmente foi iniciada antes do reinado do imperador romano Augusto, por volta de 14 dC. O Templo de Maharraqua realmente marcou a fronteira mais ao sul do Egito quando o país estava em mãos romanas. O templo de Maharraqua é o menor dos templos de Wadi El Seboua e nunca foi concluído. Uma característica única que intriga os historiadores é a sua escada em caracol, pois nenhum outro templo núbio no Egito tem essa escada. Além disso, como o templo nunca foi concluído, não há inscrições; portanto, ninguém sabe quem o construiu.

kalabsha

Isis, Osiris e Horus

O templo de Kalabsha é outro templo núbio que fazia parte da operação de resgate de monumentos ameaçados pelas águas do lago Nasser. O templo foi transportado para o local atual em uma operação patrocinada pela Unesco por técnicos alemães na década de 1960. Sua posição original ficava 56 quilômetros ao sul de Aswan até ser desmontado e transportado para a agora chamada Nova Ilha de Kalabsha, ao sul da Represa Alta de Assuan.

A nova ilha de Kalabsha é facilmente acessível aos turistas e pode ser alcançada de táxi a partir de Assuan, seguida por um barco até o píer da ilha. Uma nova doca de madeira foi construída, permitindo que os barcos de cruzeiro do Lago Nasser visitem a ilha como parte de seu itinerário. Nosso navio atracou ao amanhecer no porto de Assuan e depois do café da manhã pegamos um pequeno barco que nos levou à nova ilha de Kalabsha.

O templo de Kalabsha foi construído durante o período romano para César Augusto e foi dedicado a Ísis, Osíris e Hórus-Mandulis, que era o deus solar núbio Merwel. Este é talvez o melhor exemplo de templo autônomo da Nubia e foi construído a partir de blocos de arenito.

Um portal de granito que foi descoberto quando o templo foi realocado foi doado ao Museu Egípcio em Berlim, Alemanha.

O templo foi construído no estilo tradicional egípcio. Um portal e um pátio aberto com colunas ptolomaicas levam ao salão hipostilo, decorado com cenas rituais representando Min Khnum e outros deuses do sul do Egito. A área do santuário consiste de três câmaras, cada uma levando para a parte de trás, com um par de colunas em cada sala. A sala mais distante foi usada mais tarde como igreja cristã. Augusto é retratado nas paredes fazendo oferendas a Mandulis. Há um corredor ao redor do templo interno semelhante a outros templos ptolomaicos no Egito.

Monumentos Próximos

O complexo do Templo Kalabsha está entre os monumentos mais importantes salvos no Lago Nasser. Inclui o templo principal de Kalabsha, Beit el-Wali, Gerf Hussein e o quiosque de Qertassi. Há um caminho pavimentado com lajes de granito que ligam o templo de Kalabsha com os outros monumentos no local.

O pequeno templo de Beit el-Wali estava originalmente localizado a 50 km ao sul de Assuan e agora pode ser visto no noroeste da Nova Ilha de Kalabsha. Foi construído durante o reinado de Ramsés II e dedicado a Amon e aos deuses locais da Núbia e Assuan. Há cenas de vitória em batalha mostrando Ramsés e seus filhos contra tribos núbias e cenas de tributos trazidos ao rei representando animais e marfim. Muitos relevos bem preservados e pintados mostram o rei com os deuses.

Os blocos de Gerf Hussein, um dos monumentos transportados para a ilha Nova Kalabsha na década de 1960, nunca foram reconstruídos e foram abandonados até serem redescobertos na ilha durante recentes trabalhos de restauração de arqueólogos egípcios. Acontece que os blocos eram de fato um templo de pedra desmontado conhecido como Per-Ptah, a "Casa de Ptah", fundada durante o reinado de Ramsés II por Setau, vice-rei de Núbia.

O templo reconstruído atual de Gerf Hussein consiste em colunas e é dedicado aos cultos de Re-Horakhte e Amun-Re. Dentro do templo rupestre, seis pilares sustentam o teto de um grande salão, cada um com estátuas colossais de Ramsés II. Na parte traseira, uma antecâmara leva a três pequenas capelas, com o maior santuário central representando Ramsés II diante dos deuses.

Ao sul do templo principal de Kalabsha, o Roman Qertassi Kiosk foi originalmente construído 30 km ao sul de Assuan. Duas colunas de Hathor adornam sua entrada e quatro colunas de papiro sustentam os lintéis do teto com paredes de tela entre elas. O quiosque é pequeno e nenhuma outra decoração sobreviveu. Era originalmente conhecido como um berço simbólico dos deuses.

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