...visita obrigatória
Você precisará de pelo menos 2 dias para visitar as atrações mais populares do Cairo, que são as Pirâmides de Gize, o Museu Egípcio, a Cidadela de Saladino e a região de Sakara. Você precisará de mais 6 a 8 dias para visitar Abu Simbel, Assuan e Luxor. Em Luxor, além do Vale dos Reis, você deve visitar os templos de Luxor, Karnak e Hatshepsut. Em Assuan, você deve visitar a Barragem Alta, o Templo de Philae, o Obelisco Inacabado, fazer um passeio de barco a vela no Nilo chamado Feluca. Outra visita obrigatória é o maravilhoso Templo de Abu Simbel, na cidade de mesmo nome. Considere fazer o trajeto entre Abu Simbel-Assuan-Luxor em navios de cruzeiro pelo Lago Nasser e pelo Rio Nilo, esta é com certeza a forma mais confortável e cênica de viajar na região... foi uma das experiências mais emocionantes que tivemos em nossas viagens internacionais até hoje !!
...inicie pelo começo
A área das Grandes Pirâmides é muito grande sendo o destaque da sua visita ao Egito. Se tiver tempo, você deve considerar a possibilidade de visitá-las duas vezes... Contrate previamente um Guia local que tenha referência!
A vantagem de contratar um Guia é que ele entra de carro na área das Pirâmides e o leva pelos vários pontos de interesse que estão muito distantes entre si e obviamente pode ajudar com fotos e negociações com os proprietários
de camelos, para dar um passeio ou para ser usado na composição de fotos.
Na área das Pirâmides, você deve estar preparado para o assédio constante dos interessados em ser seu guia, alugar um camelo /cavalo, vender lembranças ou tentar ajudá-lo em troca de gorjeta. Seja firme e assertivo,
caso contrário você não será capaz de andar pela parte lotada perto das pirâmides. Fique atento ao seu ingresso e verifique se a pessoa que você está entregando é a pessoa autorizada a receber ingressos... o local de
entrada é um pouco confuso e cheio de espertinhos!
...não perca esta dica
Lembre-se de que a área é muito grande e que a melhor maneira de se locomover é de carro (do seu guia!) ou de charretes que podem ser alugadas na área turística das Pirâmides. Há também a possibilidade de andar de Camelo, que deve ser utilizado por pessoas que não tenham problemas com os solavancos provocados pelo animal... lembre-se que uma vez iniciado o passeio de Camelo, se você não quiser continuar, é difícil voltar!
Uma dica muito importante é a visita aos mirantes menos "comuns" das Pirâmides... existem alguns mirantes com vistas maravilhosas das pirâmides que podem ser alcançadas a pé ou de camelo. Solicite ao seu Guia para ir com o carro até o ponto mais próximo dos mirantes de interesse, a partir daí você pode contratar um camelo para chegar até o mirante e também poder usar o animal na composição das fotos. Nós preferimos ir caminhando até o mirante, com o condutor do camelo contratado andando logo atrás de nós!
A parte principal do complexo de Gizé, além das Pirâmides de Queops, Quéfrem e Miquerinos, tem a Esfinge, um conjunto de edifícios que inclui dois templos mortuários em homenagem a Queops (um próximo à pirâmide e outro perto do Nilo), três pirâmides menores para as esposas de Queops, uma outra pequena pirâmide satélite e outros pequenos túmulos que cercam as Pirâmides.
A Pirâmide de Queops é a mais antiga e a maior das três pirâmides do complexo de pirâmides de Gizé. É também a mais antiga das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e é a única a permanecer praticamente intacta. A pirâmide foi construída como uma tumba ao longo de um período de 10 a 20 anos sendo concluída por volta de 2570 aC pelo Faraó Queops da quarta dinastia. Inicialmente, com 146,5 metros de altura, a Grande Pirâmide foi a estrutura mais alta feita pelo homem no mundo por mais de 3.800 anos.
Originalmente, a Grande Pirâmide era coberta por pedras de revestimento de calcário que formavam uma superfície externa lisa. Existem várias teorias científicas e alternativas sobre as técnicas de construção das Grandes
Pirâmides. As hipóteses de construção mais aceitas baseiam-se na idéia de que elas foram construídas movendo enormes pedras de uma pedreira e arrastando-as e levantando-as ao platô onde elas estão localizadas.
Em nossa primeira viagem ao Egito, há 33 anos, entramos na pirâmide de Queops e subimos a câmara principal por um túnel com paredes de pedra com 45% de inclinação, com apenas 1,3 metros de altura e 1 metro de largura. Para chegar à câmara principal, era necessário subir 40 metros neste túnel estreito e praticamente agachado, com o tráfego de pessoas subindo e descendo esbarrando um no outro. No nosso caminho, há 33 anos, vimos duas pessoas sendo arrastadas para baixo porque estavam passando mal por falta de ar. Nesta nova viagem, decidimos não arriscar visitar o interior da Pirâmide de Queops, porque hoje não temos a mesma preparação física de antigamente.
...visite os tesouros
No Museu Egípcio, nos mais de 100 mil itens expostos, você tem contato com alguns dos mais poderosos governantes do antigo Egito em mais de 3.000 anos de história. Quando visitamos o Museu Egípcio em Maio de 2019, ele estava
em obras devido à sua transferência para o novo prédio do Grande Museu Egípcio (GEM), perto das Pirâmides. O Museu, que já era considerado mal organizado, com as obras estava com algumas salas parecendo um depósito
de objetos egípcios antigos! Você necessita de no mínimo 3 horas para visitar as partes mais importantes do Museu.
O Museu Egípcio foi criado em 1902 e não mudou muito desde então. Algumas salas do Museu são bastante escuras, pois possuem apenas luz natural. Os cartões de descrição para a maioria dos itens exibidos são bastante
básicos, portanto é bom ter um Guia que detalhe os principais itens para obter mais informações sobre o histórico de algumas peças.
Recomendamos deixar as salas mais disputadas, como a sala do tesouro de Tutankamon e a sala das Múmias, para o final da tarde.
A primeira grande sala, logo ao entrar no prédio do museu, está repleta de grandes sarcófagos, mas alguns dos itens mais importantes da sala são pequenos e passam despercebidos. O mais significativo é o Narmer
Palette à direita da sala, que representa o faraó Narmer usando as coroas do Alto e do Baixo Egito, marcando o nascimento da antiga civilização egípcia. A pedra representa o começo das trinta dinastias que governariam
o antigo Egito. Veja também uma antiga representação em argila de uma cabeça humana, a mais antiga descoberta no Egito, com cerca de 6.000 anos.
Uma das esculturas mais impressionantes e intactas do período do Antigo Império está na sala 47. As tríades de xisto preto bem preservadas retratam o Faraó Miquerinos (2532-2593 aC) cercado por figuras femininas.
A sala 42 contém algumas obras-primas do Antigo Império, como a estátua de Quefrem, esculpida entre 2558-2532 aC. De frente para a estátua de Quefrem está a bem preservada estátua de madeira de Ka-Aper, um rico
egípcio cuja aparência é preservada para sempre em sua estátua. À esquerda da porta da frente está o Escriba Sentado, uma bela estátua em pedra calcária pintada com as mãos na posição de escrita. Veja na sala
48 a estátua de Zoser (2667-2648 aC), famosa por construir em Saqqara, a mais antiga pirâmide de degraus do mundo.
Na sala 26 pode ser vista a estátua de Montuhotep II, o primeiro governante do Médio Império, que governou de 2055-2004 aC. Nas salas 21 e 16, existem numerosas esfinges de granito cinza bastante diferentes da grande Esfinge do complexo de Gizé. Em vez do rosto do Faraó como a Grande Esfinge foi esculpida em Gizé, essas estátuas foram esculpidas como leões com um rosto humano incorporado em suas crinas grossas. As peças foram esculpidas para o faraó Amenemhat III (1855-1808 aC) da segunda dinastia.
A sala 12 é o santuário de Hathor com a Capela de Arenito dedicado à Deusa que inclui uma representação do Faraó Tutmés (1427-1400BC) sendo amamentado por Hathor em sua forma de vaca. A sala 3 é dedicada ao faraó Akhenaton (1352-1336 aC), o “faraó herege”. Durante o reinado de Akhenaton, o antigo Egito adotou um estilo artístico incomum não visto durante qualquer outro período. O estilo artístico era mais livre em contraste com os demais períodos, com suas representações humanas abstratas e ênfase do novo e breve deus do sol Aten. Na Sala 10 fica a estátua gigante em granito de Ramsés II (1279-1213 a.C.) retratada como um menino aninhado a um falcão que representa o deus Hórus.
O faraó mais conhecido hoje é Tutankamon, que teve poucas realizações e reinou por um tempo muito curto. Por esse motivo, teve pouca importância em seu tempo. A fama veio do fato de que o egiptólogo Howard
Carter encontrou em 1922 sua tumba cheia de tesouros quase intactos. A maior parte do tesouro encontrado na tumba está atualmente na sala 3, no andar superior do Museu Egípcio. Esta sala é a mais visitada
de todo o museu. Nesta sala estão a famosa máscara funerparia de ouro de Tutankamon, junto com sarcófagos e jóias de ouro que estavam na tumba do faraó no Vale dos Reis.
A múmia do faraó só pode ser vista dentro de sua tumba no Vale dos Reis em Luxor. Tente chegar à Sala 3 no final da tarde, pois a Sala pode estar muito cheia de turistas em outros momentos do dia.
No grande salão do lado de fora da sala estão os quatro gigantescos santuários de madeira de Tutankamon, cada um menor que o outro, para que possam se encaixar um no outro e, assim, proteger melhor o
sarcófago da múmia do faraó.
Nas Salas 56 e 46, você pode ver dezenas de múmias com mais de 3.000 anos de idade. Alguns dos maiores faraós do Egito estão em exibição na sala 56, como Seti I, Ramsés II e Hatshepsut. A preservação é impressionante, algumas com cabelos grisalhos e outras com dentição perfeita.
Na Sala 53 podem ser vistos numerosas múmias de animais como babuínos, gatos e crocodilos. Os egípcios mumificaram animais sagrados e animais de estimação que foram deixados em sepulturas para acompanhar os mortos na vida após a morte. Havia também animais mumificados para servir de alimento aos falecidos após a morte.
Na Sala 4, encontra-se a maioria dos objetos preciosos do museu, desde as primeiras dinastias ao governo de Roma. O quarto fica perto do quarto do Tutankamon e pode ser visitado tranquilamente, pois não fica muito cheio de turistas.
belos mirantes do Cairo
Em 640 dC, os árabes tomaram dos romanos o Egito e os atuais territórios da Palestina e da Síria. Os séculos se passaram e os muçulmanos foram dispersos, com dinastias inimigas governando a Síria e o Egito. Na Idade Média,
eles foram unidos pelo curdo An-Nasir Salah ad-Din, mais conhecido como Saladino (1137-1193 dC). Depois de derrotar os exércitos das cruzadas, incluindo os famosos Cavaleiros Templários, Saladino foi proclamado sultão
do Egito e da Síria. Foi nessa época que Saladino ordenou a construção da famosa fortaleza no meio do que eram então duas cidades, al-Qahira e al-Fustat.
No século XIX, a fortaleza acabou sendo apelidada de Cidadela Muhammad Ali, depois que o governante egípcio ordenou a construção de uma mesquita com o nome dele dentro da fortaleza.
A Cidadela no Cairo foi sede do governo egípcio por quase 700 anos, desempenhando papéis estratégicos, militares e políticos ao longo dos anos. O complexo fortificado é um excelente exemplo da arquitetura islâmica,
com exemplos de mesquitas, fortificações mamelucas e otomanas, templos e museus.
...pontos de interesse
Também chamada de Mesquita de Alabastro, a Mesquita Mohammed Ali é o local mais famoso da Cidadela e marca a silhueta da cidade no lado leste. Foi construída no século XIX, sob o domínio de Mohammed Ali, considerado o fundador do Egito moderno. O design clássico turco apresenta uma grande cúpula central e dois minaretes altos. A Mesquita de Alabastro é uma obra arquitetônica admirável e todos os detalhes devem ser contemplados.
A mesquita foi erguida entre 1318 e 1335 e fica bem perto da Mesquita de Mohammed Ali. É a única edificação mameluca ainda existente na Cidadela.
O prédio erguido em 1827 funcionou como residência da família real do Egito até 1874. Foi hospital militar na ocupação britânica durante a Segunda Guerra Mundial e voltou ao controle egípcio em 1946. Em sua visita fique atento à decoração interna que é impressionante.
O teatro do século XIX foi restaurado e conta com um pátio, um jardim e uma linda fachada. O palco é circular e feito em madeira para a realização da dança Sufi. Os Sufis seguem um ramo espiritual do islamismo e acreditam que a sua dança os leva à unidade com Alá.